Batuque e Resistência no Quilombo do Criaú

Depois do Marabaixo essa é a maior refente Batuque e família

Batuque e Resistência no Quilombo do Criaú
João Ataide

No coração do Amapá, a comunidade quilombola do Criaú deu as boas-vindas a 2024 com uma  celebração que destaca a riqueza cultural e a resistência ancestral. Localizado a 12 km da capital, este evento anual é marcado pela tradicional roda de batuque da Bandaia.

Batuque que Encanta

Os tambores "amasso" e "macaquito" ecoaram pelo terreiro, envolvendo os presentes em uma experiência sonora única. A rítmica diferenciada dos pandeiros acrescentou um toque especial, proporcionando um espetáculo musical envolvente.

Identidade e Resistência

Diferentemente do que muitos podem pensar, a comunidade do Quilombo do Criaú não é formada por descendentes de escravos. Pelo contrário, é composta por negros que nunca se deixaram escravizar, mantendo viva a chama da resistência cultural. A festividade é mais do que uma celebração; é uma expressão autêntica de identidade e força comunitária.

Herança Transmitida

No seio da família Ramos do Criaú de Baixo, a tradição é passada de geração em geração. Cada batuque, cada nota musical, é um elo que conecta o passado ao presente, preservando a história e a cultura que definem essa comunidade única.

 Destino Turístico Cultural

O Quilombo do Criaú emerge não apenas como um local de resistência, mas também como um destino turístico cultural imperdível. Visitantes têm a oportunidade de imergir na autenticidade dessa celebração, explorando a riqueza histórica e cultural que permeia o ambiente.

Conclusão

Ao inaugurar o ano com a roda de batuque, o Quilombo do Criaú reforça sua posição como guardião de uma tradição. Este evento não apenas celebra a cultura, mas também convida turistas a vivenciarem uma experiência única, mergulhando na riqueza e na vitalidade desta comunidade quilombola.

Por João Ataide o viajante