A Vila do Sucuriju e suas Particularidades
Busco respostas que a Geografia e a História não me deram.
A vila do Sucuriju é Distrito do município de Amapá. Na vila do Sucuriju atualmente vivem 102 famílias, (período de férias) com a estimativa de 500 moradores, na Associação da colônia Z4 tem um cadastro de 298 pescadores desses apenas 150 podem pescar, conforme acordo com o ICMBio que faz controle através de um monitoramento diário no período da pesca do Pirarucu, cada pescador tem um cadastro e ao chegar tem o compromisso de fornecer as informações.
Os pescadores pescam em lagos nomeado por eles mesmos: Lago Grande, Lago Façanha, Lago Trindade, Escara, Juçara, Maresia, Paraiso, Espera, Escavado, os nomes dos lagos são dados conforme a descoberta, pois eles sempre nascem como o seu Preto Maciel diz que tem lago que eles nem foram mais, pois a vegetação cobriu tudo e a população de Pirarucu é “desconforme”.
Na média um pescador passa de 15 a 20 dias pescando e permanece em feitorias construídas por eles mesmos, isso quando a pesca é no lago, pois tem o pescador de oceano que a permanência é no próprio barco. Quanto à arte de arpoar o pirarucu, o pescador usa um arpão com uma corda chamada de “arpueira”, uma corda enrolada de forma “artesanal”.
Trata-se de uma corda normal que é dividida e tecida com uma ferramenta desenvolvida pelo pescador e conforme o tamanho da corda leva-se de uma hora à uma hora e meia para ficar pronta. No mês de dezembro é realizada a contagem do pirarucu por lago, pois nesse período os peixes estão de subida para desova eles utilizam uma técnica onde, as montarias ficam de 50 em 50 metros o pirarucu que buía é anotado, no mês de dezembro o pirarucu não para no mesmo lugar e quando buía e duas vezes seguidas.
No período de pesca liberada que vai de 1º de julho a novembro, contando o tempo em que pode fazer o embarque de sua carga para venda, cada pescador pode pescar 10 peixes por viagem, geralmente fazem isso em dupla, o proeiro e o piloto, onde um pilota e outro arpoa às vezes eles trocam as funções como forma de aprendizado. O pescador entrega uma manta seca, peixe lanhado, sem o bucho cortado por 13 reais e se estiver na moura o valor cai para 10 reais. No lago o pescador consome outros peixes ou faz o miúdo do Pirarucu o ultimo a ser consumido é o Pirarucu que segundo o pescador é para não enjoar. O miúdo, como o bucho não tem um valor de mercado os pescadores dividem com familiares é o que diz Leone Castro Maciel, 26 anos, pesca desde 15 anos. Pilota o barco e tem sociedade com o seu irmão.
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