Apesar de serem maioria no Brasil, mulheres negras governam apenas 4% dos municípios
De acordo com o relatório Desigualdade de Gênero e Raça na Política Brasileira, produzido pela Oxfam Brasil e Instituto Alziras, em 2016 e 2020
De acordo com o relatório Desigualdade de Gênero e Raça na Política Brasileira, produzido pela Oxfam Brasil e Instituto Alziras, em 2016 e 2020 para cada candidata mulher, havia nove candidatos homens à prefeitura. Quando considerado o marcador raça o abismo é ainda maior. Em 2020 para cada candidatura de mulher negra, havia 11 candidatos brancos, seis candidatos negros e duas candidatas brancas.
“O quadro de sub-representação feminina no poder executivo municipal pouco se modificou nas últimas eleições, o que pode ser explicado por diferentes motivos. Um deles tem relação com o processo de recrutamento e seleção de candidaturas pelos partidos que segue marcado por uma grande distorção em termos de gênero”, aponta o documento.
Embora as mulheres brancas sejam 24,8% da população, representam 8,7% das candidatas. As mulheres negras são 25,4%, mas representam 4,8%. Já homens negros são 25,3% da população e 30,8% dos candidatos e os homens brancos são 22,9%, mas representam a maioria dos candidatos, 55%. Mulheres negras são maioria no Brasil e governam apenas 4% dos municípios.
Além da sub-representação na política, pesquisa do Jornal O Globo, mostra que 87,5% das candidatas a cargos neste ano sofrem violência política de gênero.
Pensando nisso, a Rede de Ações Políticas pela Sustentabilidade – RAPS lançou o Guia Prático para Mulheres na Política: o que não te contaram sobre ser mulher na política com lideranças políticas de diversos partidos e regiões do país para trazer uma abordagem sobre a violência política de gênero. O intuito do guia é auxiliar candidaturas através dos relatos de experiências, entrevistas com especialistas e possíveis caminhos para combater os abusos sofridos pelas mulheres na política.
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