A ARTE DE SALGAR PEIXE EM SUCURIJU
Quem é que ainda não se deliciou de um Pirarucu salgado
Primeiro vamos localizar o distrito do Sucuriju: "é um distrito do município brasileiro de Amapá, na costa do estado homônimo à cidade. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população no ano de 2010 era de 939 habitantes, sendo 483 homens e 456 mulheres, possuindo um total de 224 domicílios particulares". (fonte IBGE).
Na comunidade do Sucuriju o peixe salgado é guardado como se guarda dinheiro no cofre. São muitas as famílias que já conseguiram formar os filhos com a comercialização de peixe salgado essa arte obedece a um ritual, passado de geração em geração.
Quem é que ainda não se deliciou de um Pirarucu salgado um peixe de sabor sem igual o bacalhau da Amazônia ou de uma Pirapema?
O pescador ao chegar, não perde tempo, enquanto um descora (tira as escamas), um debanda e outro passa o sal, sendo que só um pode fazer o mesmo trabalho. Ao salgar o peixe é armazenado num depósito, trancado para no dia seguinte ser levado ao sol, onde ele ficará o tempo que for suficiente para ficar seco. Quando esse peixe ficar no ponto e formar a carga passa um barco quando acontece a comercialização e o ciclo segue. O pescador que vai à busca desse peixe, de certa forma é o que menos ganha na comercialização do peixe salgado.
O sal é comprado no fardo e são armazenados no mesmo lugar onde fica o peixe. Os pescadores obedecem ao tempo de defeso e todos os pirarucus são pescados de forma artesanal com auxílio de arpão em que a criação aprende apuar no dia a dia como uma brincadeira, outra coisa a se destacar e quando as entidades, como ICMBIO vão ao lago conferir os pirarucus, essa é uma matéria que pretendo em breve fazer.
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