Desolação às Margens do Rio Araguari: Um Alerta para a Nossa Ação
Aos 48 anos, testemunhei pela primeira vez a desoladora seca do Rio Araguari. Sob a ponte em Ferreira Gomes, deparei-me com uma cena alarmante: pedras outrora ocultas emergiam, revelando um perigo invisível que custou muitas vidas àqueles que saltavam, talvez chocando-se contra algo que não podiam ver.
Ao contemplar a paisagem, não se resumiu apenas à visão de pescadores à margem. Estes buscavam capturar cardumes que agonizavam em águas cada vez mais rasas. Do alto da ponte, pude observar os peixes na superfície, um espetáculo que inquieta e evidencia a extensão da seca dos rios.
Este é um chamado urgente à ação. A natureza nos envia sinais claros, e é nosso dever conscientizar-nos sobre as consequências devastadoras de nossas ações desmedidas. O Rio Araguari, outrora pulsante, clama por ajuda enquanto seus leitos secam e sua fauna sofre.
Devemos repensar nossos padrões de consumo e práticas ambientais, reconhecendo que a degradação dos rios não é apenas um problema distante, mas uma ameaça iminente que toca diretamente nossas comunidades. À medida que a seca expõe os segredos do leito do rio, somos confrontados com a urgência de preservar e restaurar nossos recursos hídricos.
É necessário que cada um de nós aja de maneira responsável, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Se ignorarmos esses alertas, estaremos comprometendo não apenas a saúde de nossos rios, mas também o equilíbrio vital de todo o ecossistema que depende deles.
Que esta visão da seca do Rio Araguari não seja apenas um registro de desolação, mas sim um ponto de virada para a conscientização e ação coletiva. A natureza nos fala; cabe a nós ouvir e agir antes que seja tarde demais.
Por João Ataíde
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