Comunidade do Curiaú protesta contra derrubada de casa quilombola e denuncia ação judicial como injusta
De acordo com os moradores, a residência destruída não fazia parte do processo judicial.

Na manhã desta terça-feira, 7 de outubro de 2025, a família quilombola do Curiaú acordou com uma ação judicial acompanhada por policiais, oficial de justiça e máquinas pesadas, que resultou na derrubada total de sua casa. O caso aconteceu no território do Quilombo do Curiaú, em Macapá, e provocou revolta imediata na comunidade.
De acordo com os moradores, a residência destruída não fazia parte do processo judicial que tramita há mais de 40 anos envolvendo questões fundiárias na região. A família afirma ter sido surpreendida pela operação, que consideram abusiva e ilegal, já que o território é reconhecido oficialmente como comunidade quilombola, com proteção garantida pela Constituição Federal de 1988.
Diante do ocorrido, moradores e lideranças locais organizaram um protesto na rodoviária do Curiaú, onde denunciam a violação dos direitos territoriais e humanos da comunidade. A mobilização pede justiça e o acompanhamento dos órgãos competentes para evitar novos episódios de violência contra as famílias quilombolas.
A Fundação Marabaixo e a Defensoria Pública do Estado do Amapá (DPE/AP) estão no local, prestando apoio jurídico e institucional às famílias e reforçando a necessidade de que qualquer decisão judicial sobre o território seja debatida com transparência, diálogo e respeito à ancestralidade do povo quilombola.
O episódio reacende o debate sobre a falta de segurança jurídica dos territórios quilombolas no Amapá e o risco de decisões judiciais descontextualizadas comprometerem direitos garantidos pela Constituição.
A comunidade do Curiaú segue mobilizada e afirma que não recuará na luta por respeito, dignidade e justiça.
A cobertura completa e novas atualizações sobre o caso serão publicadas pelo Portal O Viajante nas próximas horas.
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