Chegam ao fim às buscas aos garotos, Fabrício e Renato em Calçoene
Certamente, essa não era a notícia que familiares esperavam.
João Ataide 
Buscas encerradas
Chegam ao fim às buscas aos garotos, Fabrício e Renato, desaparecidos nas matas de Calçoene há 18 dias que desencadeou 16 dias de buscas, que teve o seu desfecho sem o resultado desejado.
“Na noite de domingo, 24, o comando de operações reuniu a família para passar detalhes da operação e a técnica adotada, foram mais de 16 dias de buscas e por falta de novos elementos que possam justificar a permanência das buscas. A polícia civil vai continuar investigando, a polícia militar a parte ostensiva e o bombeiro ficam de prontidão para verificar qualquer novidade", declarou Ten. Bacelar, oficial de ligações do CBM.
Certamente, essa não era a notícia que militares e voluntários, que compuseram o comando unificado de buscas e salvamento: Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Comando de Operação Especial (COE), Grupo Tático Aéreo (GTA) Guardas Florestal, GTA, Prefeitura de Calçoene, voluntários, entre outros sob a supervisão geral de Maj. Marcelo. Diga-se administrou com muita competência e discrição diante das informações.
Foram, 16, dias em que esses homens se envolveram com as buscas, um sentimento contagiante. Onde vasculharam, Conforme avaliação do Maj. Marcelo, usando o mapa que se desenhava conforme as coordenadas, as equipes realizaram varredura numa área aproximada de 26ᵐ² ( mil metros quadrados) de difícil acesso em lugares não domesticado.
Diariamente no Comando Geral da operação (CG), organizado na câmara dos vereadores de CALÇOENE, o grupo planejava através de diálogos constantes.
Na cidade não vi uma comoção, algumas rodas de conversas discutiam fatos que não se esclareceram, muitas conversas do imaginário popular de terem sidos encantados, “mundiados”, comidos por animais como onça ou que teriam sidos mortos.
Acompanhei e me torno testemunho ocular de 4 dias do empenho de todos nessa missão e quando os grupos chegavam do campo exaustos, mas mantendo a postura para não mostrar o sentimento pessoal de cada um, eu tentava descrever os sentimentos, as informações de cada dia eram repassadas na presença apenas dos homens que chegavam do local das buscas, pois entendemos que tem coisas que não precisavam serem ditas.
Enfim, esses dois garotos entram para a história de CALÇOENE e para uma lista de pessoas desaparecidas nas florestas amapaenses.
O viajante
