Amapá confirma 177 casos de sarampo
Maior incidência é em Santana, município a 17 km de Macapá. A melhor maneira de proteger é tomando a dose da vacina tríplice viral.
Atualização no 5º boletim epidemiológico de sarampo do Amapá confirmou 177 casos no Estado. Outros 36 casos estão sob análise laboratorial. Os dados são da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), órgão vinculado ao governo estadual.
O Amapá vem enfrentando desde o fim de 2019 um aumento no registro da doença, que há 20 não apresentava novos casos.
A maior incidência, 106 casos, é no município de Santana, a 17 km da capital, Macapá. Dos 177 casos confirmados, 97 são do sexo feminino e 80 são do sexo masculino. Pessoas que se autodeclaram pardas são 90% dos casos.
Em 130 casos positivos para a doença, o diagnóstico foi confirmado após análise laboratorial, 39 por exame clínico feito por médicos e/ou enfermeiros e 8 por critério clinico-epidemiológicos.
Além dos 106 casos de Santana, outros 4 municípios apresentaram casos positivos: 64 em Macapá, 9 em Mazagão, 1 em Porto Grande e 1 em Pedra Branca do Amapari. O município de Oiapoque tem 2 casos suspeitos em análise laboratorial.
Dos 64 casos que a capital apresentou, 13 foram registrados no distrito da Fazendinha, localidade com maior incidência de casos da doença.
“De maneira geral, observa-se que a transmissão da doença está se espalhando pelas regiões de Macapá”, diz o boletim.
Cobertura vacinal
A campanha de vacinação continua ocorrendo em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o estado, de segunda a sexta, de 8h às 18h.
A vacina utilizada na campanha é a tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, aplicada em duas doses distintas. O público-alvo foi de adultos de 20 a 49 anos, e teve como meta vacinar mais de 95% da população amapaense.
Em todo o estado foram aplicadas 313.638 doses de vacinas, com uma taxa de 74,58% de cobertura vacinal. Os municípios de Calçoene (123,17%), Itaubal (103,23%), Macapá (103,33%), Amapá (99,91%), Cutias (97,51%) e Serra do Navio (96,03%) conseguiram atingir a meta de vacinação.
Contágio
Ao contrário do coronavírus, o sarampo é gravíssimo em crianças menores de 5 anos. A transmissão do vírus ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar próximo às pessoas sem imunidade contra o vírus do sarampo. Além disso, o contágio também pode ocorrer pela dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados.
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