Waldez planeja com prefeitos para fevereiro o início da vacinação contra Covid-19 no Amapá
Governador se pronunciou sobre o assunto nesta terça-feira (12), durante Fórum dos Prefeitos Eleitos e Reeleitos em 2020.
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), se reuniu nesta terça-feira (12) no Fórum dos Prefeitos Eleitos e Reeleitos em 2020 para alinhar o plano estadual de vacinação contra Covid-19 nos 16 municípios. Entre os temas tratados, esteve o início da imunização, previsto para fevereiro
Segundo Góes, o Estado já tem o plano de vacinação estruturado, mas espera uma política nacional de imunização para que seja iniciada a aplicação nos grupos prioritários no Amapá.
Caso não ocorra um planejamento federal, o governo estadual já pediu aquisição de 360 mil doses da CoronaVac junto ao Instituto Butantan. Para a compra das vacinas, segundo Góes, o Estado tem uma verba de R$ 20 milhões.
"Essa reunião é decisiva porque é possível dizer que a vacinação começa entre o final de janeiro e no máximo no mês de fevereiro. Seria importante que na política de imunização nós tivéssemos realmente uma política nacional. Assim não acontecendo, o Amapá não vai ficar 'a ver navios'. Providenciei recursos financeiros, estou comprando insumos e tenho a reserva junto ao Butantan de 360 mil doses", afirmou.
Em relação ao contato com o governo federal sobre um plano federal de vacinação, Góes disse que na terça-feira (19) deve ocorrer uma reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para detalhar datas e condições desse sistema nacional.
"Nessa reunião, que iremos fazer com o governo federal, Câmara Federal e o Senado, os conselhos estaduais e municipais de saúde e também os produtores de vacina, nós, certamente, a partir do dia 19, teremos um posicionamento do governo federal para podermos informar [a data aos municípios]", disse.
O gestor estadual também ressaltou a importância de todos os 16 municípios estarem alinhados com o plano estadual, já que serão os responsáveis pela aplicação das doses.
"Precisa-se nivelamento. Porque são as redes municipais que aplicam [as vacinas]. Se vier do governo federal, ele entrega para o governo do estado e nós fazemos a distribuição seja da vacina e dos insumos. Se não vier, e eu fizer aquisição direta, eu também vou fazer na rede bipartite daqui toda essa articulação", explicou.
Antônio Furlan, prefeito de Macapá, durante fala Fórum dos Prefeitos Eleitos e Reeleitos em 2020 — Foto: Victor Vidigal/G1
Durante pronunciamento, o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Cidadania), opinou que a melhor opção seria um plano de vacinação em conjunto entre os governos federal, estadual e municipais.
"Eu acredito que um cenário ideal realmente é de forma tripartite, mas a gente vê as notícias na televisão e de certa forma fica preocupado com algumas condutas, e concordo que essa ação deva ser conjunta do Estado e das prefeituras", explanou.
A secretária de Saúde de Pedra Branca do Amapari, Claudia Pimentel, falou sobre a vacinação dos povos tradicionais com terras indígenas dentro da região do município. Segundo ela, já foram feitas tratativas com o Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá (Dsei) sobre o assunto.
"Nós temos a população da etnia Waiãpi. Isso vai ser discutido com o Dsei. Eles que realizam a vacina dentro da aldeia. Hoje [terça-feira] conversei com o representante do Dsei e a gente já está articulando como Pedra Branca pode ajudar a entrar e fazer a vacinação", declarou.
Prefeito de Laranjal do Jari, Márcio Serrão — Foto: Victor Vidigal/G1
Em Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, o prefeito Márcio Serrão (DEM) detalhou que o município já tem estrutura montada para o início da imunização. Para o armazenamento das vacinas, há cinco câmaras frigoríficas com gerador próprio, além de equipe capacitada.
"Nós temos nosso centro de imunização organizado, com cinco câmaras frigoríficas, com gerador próprio e uma equipe totalmente habilitada para conduzir esse processo de distribuição de vacina, seguindo planejamento do governo do estado", contou.
O Fórum também tratou plano estadual de saneamento e do programa Criança Alfabetizada, que busca promover a fluência do estudante em português e matemática logo no 1º e 2º ano do ensino fundamental.
Fonte de noticia: G1 Amapá
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