Bombeiro suspeito de estuprar menina de 12 anos no AP é preso preventivamente
Mandado foi cumprido nesta quinta-feira (31). Ele havia sido detido em flagrante na sexta-feira (25), mas foi liberado por juiz. CBM informou que abriria investigação contra o militar.
A Polícia Civil do Amapá prendeu preventivamente, na manhã desta quinta-feira (31), um capitão suspeito de ter estuprado uma menina de 12 anos, sobrinha da esposa dele. O caso aconteceu na sexta-feira (25), ele chegou a ser detido em flagrante, mas foi liberado por juiz e estava sob medidas cautelares.
O militar recebeu liberdade provisória no sábado (26), e estava proibido de frequentar bares, boates e similares; também não podia manter contato e nem se aproximar da vítima, com distância mínima de 100 metros; e ele não poderia entrar em contato com familiares e testemunhas. Caso descumprisse alguma das medidas, a prisão cautelar poderia ser decretada.
A prisão foi solicitada pela 1ª Delegacia de Polícia de Santana e deferida pelo Judiciário, depois que a mãe da vítima procurou o delegado Felipe Rodrigues informando que se sentia ameaçada.
"Carros estacionavam em frente a casa da vítima, como forma de intimidar. Diante disso, a vítima não saia de casa nem mesmo a sua mãe. Além disso, a mãe informou que familiares do suspeito tentavam entrar em contato, querendo de alguma forma conversar com ela especialmente sobre o caso. Diante dessas informações, cremos que o suspeito de alguma forma estava tentando interferir nas investigações. Então foi representado pela prisão preventiva, que foi deferida pelo Judiciário e o mandado foi cumprido às 7h da manhã na casa do suspeito. Ele não esboçou nenhum tipo de reação", detalhou Rodrigues.
O capitão foi levado inicialmente para a 1ª DP, e depois à Polícia Técnico-Científica (Politec) para exames. Em seguida, ele foi conduzido ao Centro de Custódia do bairro Zerão, onde fica à disposição da Justiça.
Em nota, Corpo de Bombeiros informa que vai instaurar inquérito para investigar o caso — Foto: Ascom/CBM
O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) divulgou, em nota no domingo (27), que iria abrir uma investigação interna para apurar a conduta do capitão.
"A Corporação informa que vem acompanhando a situação e colaborando com as autoridades policiais. O CBMAP, destaca também, que irá instaurar Inquérito Policial Militar para apurar o fato, respeitando o Estado Democrático de Direito e garantindo a proteção jurídica por ele preconizada", descreveu a nota.
A vítima passou por exame pericial, que confirmou que houve lesão compatível com a prática de libidinagem. Ao liberar o militar no sábado, o juiz Antônio José Menezes, da Comarca de Santana, descreveu que "os indícios de autoria são extraídos das declarações testemunhais" e que não via "a presença dos requisitos legais para a decretação da prisão preventiva" naquele momento.
O G1 não conseguiu contato com a defesa do militar.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Militar (PM), a mãe da vítima contou que a filha foi dormir na noite de quinta-feira (24) na residência de uma prima dela que é casada com o militar. Na sexta-feira, a mãe observou que a criança estava nervosa ao receber uma ligação dessa prima.
Questionada, a menina contou à mãe sobre o abuso sexual que sofreu. O caso foi denunciado à polícia, que comunicou o fato aos oficiais superiores da PM e CBM e realizou a apresentação do suspeito na delegacia.
Ainda segundo a PM, no momento da prisão, o suspeito estava na casa da vítima e não apresentou reação.
Fonte da noticia: G1 Amapá
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