A Fortaleza de São José de Macapá
Por João Ataíde O Viajante
É uma das principais edificações militares existentes no Brasil e um dos mais importantes monumentos do século XVIII. Erguida com o propósito de defender a Amazônia, em especial diante da perspectiva de uma invasão francesa (os franceses já haviam ocupado o território da Guiana), ocupa uma extensa área na margem esquerda da foz do rio Amazonas, na capital do Amapá, fundada em 1758, justamente poucos antes do início da construção do marco arquitetônico e histórico que hoje é um dos seus principais pontos turísticos.
Depois de décadas de descompasso entre o que a Coroa Portuguesa pensava e o que efetivamente executava em sua política externa na Amazônia — área considerada estratégica pela extensão continental e pela proximidade com a encosta oriental da Cordilheira dos Andes —, a construção da fortaleza foi autorizada pelo então rei Dom José I. Com supervisão do primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, e administração direta da Capitania do Grão-Pará e do Maranhão, as obras começaram em 29 de junho de 1764. O projeto tinha assinatura de Henrique Antônio Gallucio, que, guardadas as devidas adaptações à realidade local, adotou o modelo de bases defensivas preconizado por Sebastién de La Preste, o francês Marquês de Vauban e por Manoel de Azevedo Fortes.
O sistema utilizado era de um quadrado com baluartes pentagonais nos vértices, que receberam o nome de santos católicos: Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus. No interior deste quadrado, uma praça rebaixada constituída de oito prédios, dispostos dois a dois (um deles uma capela). Havia esgotadouro de águas pluviais no centro e nas laterais. Do lado externo, havia o fosso seco que, no projeto original, contornava a praça principal, o revelim, também circundado por este fosso e ligado à esplanada por uma passarela de madeira.
Fonte: Fundaj./
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