Artistas do Hip Hop protestam na Praça da Bandeira e cobram pagamento de cachês atrasados da Prefeitura de Macapá

Macapá (AP) – A Praça da Bandeira, conhecida como palco histórico de manifestações e resistência cultural, voltou a ser cenário de protesto nesta quinta-feira (24). Desta vez, quem tomou o microfone foram os artistas do movimento Hip Hop amapaense, que cobram da Prefeitura de Macapá o pagamento de cachês por apresentações já realizadas em eventos oficiais do município.

Com faixas, microfones abertos, os artistas transformaram a praça em espaço de reivindicação e expressão. Eles denunciam o descaso e a falta de retorno do poder público municipal diante dos compromissos firmados com o setor cultural.

Entre os manifestantes, ganhou destaque a fala de Preta Cléia, conselheira de cultura e representante da cadeira do Hip Hop no Conselho. Em tom firme, ela destacou que a luta vai além do dinheiro:

 “O Hip Hop é resistência, é arte e é trabalho. Nós cumprimos nossa parte, levamos cultura para as comunidades e agora exigimos respeito e o pagamento que nos é de direito”, afirmou.

O protesto reuniu MCs, DJs, grafiteiros, dançarinos e produtores culturais de diferentes bairros da capital. O grupo também denunciou a ausência de políticas públicas contínuas que garantam estrutura e reconhecimento para o Hip Hop, um dos movimentos culturais mais atuantes nas periferias de Macapá.

A Praça da Bandeira, cenário simbólico da luta por direitos, mais uma vez serviu de palco para a voz das ruas — um espaço onde a cultura urbana se mistura à reivindicação social.

Os artistas prometem manter a mobilização até que a Prefeitura apresente uma resposta concreta sobre o pagamento dos cachês e o cumprimento dos compromissos assumidos com a classe cultural.