NOTA PÚBLICA
Pela preservação do Museu Joaquim Caetano da Silva e pela integridade do patrimônio histórico de Macapá
A Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular (AAFCP) manifesta, por meio desta nota, seu reconhecimento à ação do IPHAN, que determinou a paralisação da obra em execução ao lado do Museu Joaquim Caetano da Silva, no Centro de Macapá. A decisão representa um passo importante na defesa do nosso patrimônio histórico e na salvaguarda de um dos mais significativos marcos da arquitetura e da memória cultural do Amapá.
No entanto, é fundamental reforçar que a paralisação da obra não encerra o problema. É urgente que sejam realizados laudos técnicos de vistoria e avaliação estrutural do prédio, a fim de identificar possíveis danos causados pelas intervenções já realizadas, visto que tal museu, construído no século XIX, já possui uma estrutura delicada, que exige monitoramento constante, manutenção preventiva e investimentos contínuos em conservação.
A AAFCP alerta que a preservação do Museu Joaquim Caetano da Silva é também a preservação da identidade amapaense. Este espaço abriga parte fundamental da nossa história, da nossa arte e da nossa memória coletiva e precisa de atenção efetiva dos órgãos competentes e do comprometimento da sociedade civil.
Diante disso, a Associação reforça a necessidade de:
✓ Realização imediata de perícia técnica sobre as condições físicas do prédio;
✓ Adoção de medidas de segurança e conservação emergencial, caso sejam identificados danos;
✓ Transparência nas ações de acompanhamento;
✓ Avanço nas tratativas para a implementação de um plano permanente de cuidado e valorização do patrimônio histórico do Museu Joaquim Caetano da Silva, que inclusive já foi incluído em um projeto de requalificação aprovado pelo PAC Patrimônio Histórico, com o objetivo de reforçar políticas públicas voltadas à preservação e valorização da sua estrutura.
Preservar o Museu Joaquim Caetano da Silva é honrar nossa história e garantir o futuro da cultura amapaense. Que este episódio sirva de alerta e de impulso para políticas públicas mais eficazes de proteção e valorização da nossa memória.
Macapá, 13 de outubro de 2025
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