João Coroca: Memórias vivas de um Porto Grande que ajudou a crescer

Aos 81 anos de idade, completados em 25 de abril de 2025, João Coelho Ataíde, conhecido carinhosamente como João Coroca,apelido que herdou de dona Geronima que a maioria chamaava de coroca é uma das figuras mais queridas e lembradas da história de Porto Grande. Filho de Gerônima e José Domingos, é o terceiro de 5 irmão: Honorata, Lauro, Josina, foi cunhado de Gerino Porto ele representa uma geração de pioneiros que ajudaram a construir o município com trabalho, simplicidade e amor à terra.

Comerciante, motorista e contador de histórias, João Coroca sempre foi conhecido pela inseparável “fubica”, o carro que o acompanha há décadas e que, para ele, é como um membro da família. Foi ao volante dessa velha companheira que criou seus três filhos e transportou muitos sonhos. Nos tempos da ICOME e do trem do colono, era comum ver jovens pegando carona na fubica rumo à estação de Porto Platô, símbolo de uma época de prosperidade e união.

Hoje, ao lado de sua esposa Maria, João passa boa parte do tempo no pátio de sua casa, relembrando histórias de um Porto Grande pequeno, onde todos se conheciam e se ajudavam. Em uma breve visita que fiz ao meu tio, pude ouvir essas memórias com emoção — lembranças de um tempo em que o trabalho coletivo e a solidariedade eram os pilares da vida comunitária.

Como alguém que também viveu em Porto Grande, faço aqui um apelo aos gestores, professores e historiadores locais: registrem e valorizem a história dessas pessoas simples, mas fundamentais, que foram protagonistas do desenvolvimento do nosso município.

João Coroca é mais que um nome da memória popular — é um símbolo de resistência, de amizade e de pertencimento, que mantém viva a essência de um Porto Grande solidário e humano.